Frio e a história da máquina de costura

Esse fim de semana foi gelado. Aproveitei e coloquei em prática meus dotes de costureira (hahaha) e enfim minha toalha xadrez saiu. Saiu também um caminho de mesa de galinha e um tapetinho de chita. A máquina de costura trabalhou bastante esse fim de semana.

Vou contar a história dessa máquina:
Ela era da avó do meu marido. A família dele tem um hábito que eu acho maravilhoso: eles conservam coisas e memórias. Há alguns anos ela faleceu, e então junto a muitas coisas que eram especiais pra ela, a máquina foi junto para a casa do meu sogro. Minha sogra, tem as máquinas dela, e então essa que era da vó, ficou guardada (já que era portátil, uma novidade pra época). Lá um belo dia, precisei fazer uma costura reta (nem lembro o que era) e pedi pra minha sogra fazer, conversando sobre máquinas, ela se lembrou dessa Singer guardadinha...
Eu como amo uma coisa antiga, pedi na hora pra ver, e lá fomos nós duas.
Foi amor a primeira vista!
Na sua maletinha original, ainda com a linha passada pelo último uso, com as agulhas do tempo da vó. Juro, fiquei emocionada, pois ainda constava medidas, anotações e bobinas de um objeto tão estimado da bisavó dos meus filhotes.
Mas a surpresa não para por ai. Dentro da máquina, encontramos  cartões calendários de todos os meses de 1959 de pin ups originais... lindos, lindos, e eu como amo já estou providenciando molduras pra elas.
Minha surpresa e alegria foi maior ainda, quando meu sogro, vendo aquele momento "remember", disse rapidamente enquanto passava no corredor: "Tatiana, leve a máquina na assistência, mande regular e fique pra você".
Pulei de alegria, perguntei ainda: "Porteira fechada?"

Moral da história, ganhei a máquina, ganhei os calendários e hoje ela está comigo, ainda no estojo original, funcionando que é uma belezinha e fazendo coisinhas bonitinhas. Penso em comprar uma mais moderninha, mas o lugarzinho da máquina da vó é garantido e especial na casa... ah, as fotos das toalhinhas que fiz, depois eu posto...